sábado, setembro 23, 2006

Havia necessidade disto?

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*Speechless...*

sábado, setembro 16, 2006

Portugal 2070 - Final

No Quartel-General dos Oligarcas trovejavam os sons da vitoria. Com os Tecnocratas destruidos, já não havia ninguem que podesse deter a sua gloriosa tomada de poder. Mas a Morte, fiel companheira de todos os homens, aguardava pacientemente pela sua hora, olhando e analisando a procissão dos tolos e dos loucos...

De repente, uma sombra caiu sobre o salão. Os sons de alegria e celebração cessaram, e a escuridão foi rasgada por raios vermelhos e o silencio por gritos de dor e sons metalicos de destruição. E tão repentinamente como chegou, a sombra desapareceu deixando a vista o pesadelo que ela encobriu. A Morte tinha reclamado todos os Oligarcas e no meio da sala o seu anjo da morte. Um homem de cabelos castanhos, cego segurando na mão uma espingarda ainda fumegante. Como um fantasma ele começou a caminhar silenciosamente por entre os corpos sem vida e por entre as manchas de sangue que lavavam o chão frio. Na sua mente, apenas existia um pensamento: "E agora?"

Durante decadas, a unica verdade que o seu povo conhecia era a guerra e tudo o que com ela vem. Os homens viviam num nivel abaixo do dos animais. Não havia nada para eles senão fome, morte e tristeza. Uma terra queimada e vazia. E as unicas forças que poderiam liderar o povo tinham sido destruidas pelas suas mãos... Um vacuo de poder tinha sido criado e ele não tinha força para o preencher. Ele temia que outra guerra nascesse para consumir o pouco que sobrava.

- "Parabéns guerreiro" - ouviu-se a ecoar pelas paredes - "Mas devo dizer que todo este esforço, foi em vão."
- Quem és tu? E porque te escondes nas trevas? - Disse o guerreiro
- "Estranha pergunta feita por ti, visto que vives nas trevas.... O meu nome é impronunciavel na tua lingua humano. Mas basta-te saber que eu já vivi muitas vidas e que tudo o que aconteceu estes ultimos dias me deixou muito aborrecido. Desde os primordios da historia da tua raça que observo a tua raça. Com o tempo, aprendi a usar-vos para o meu divertimento pessoa. Voces tornaram-se peças no meu jogo de xadrez. Durante milenos eu criei e destroi impérios, elevei monstros a reis e a deuses. E sinto-me aborrecido por teres estragado o meu ultimo jogo... Temo que terei de te destruir...
- Quero ver-te a tentar - disse o guerreiro segurando a espingarda e fazendo mira as sombras
- "Humanos e os seus brinquedos... Se voces ao menos deixassem essa sede de poder, falso poder devo acrescentar e começarem buscar o verdadeiro poder...voces poderiam conquistar o universo. Mas até lá terei com que me distrair. E tu Humano... já não tens piada.

Com estas palavras o grande salão Oligarca desmoronou-se sobre o guerreiro ao mesmo tempo que a voz desaparecia da mesma forma que apareceu.

No fim, nada restava senão ruinas e miseria. E enquanto ao longe se ouvia a voz, esboçando uma gargalhada infernal, uma mão sangrenta erguia-se dos escombros...
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