O Fogo da Alma: Parte III
- … Tenho algo que acharás muito interessante.
Iraja seguia em frente minguando pelo cais todo ossos e roupa andrajosa. Contornaram uma última esquina onde o mar surgia até ao horizonte espelhando o azul das estrelas. Nessa altura e já longe do centro da cidade, o som era o da rebentação nas areias negras e foi aí que um ritmo despontou no embate cadenciado das botas de Iraja contra o empedrado imundo. Tuc – Tuc. Rebentação. Tuc – Tuc. Rebentação.
E enquanto se encaminhavam em incerta direcção
O velho balbuciava coisas na alucinação
De forças esquecidas algures, decrépitas assombrações
Erguia o cálice imaginário e bebia às constelações
- Já sabíamos tudo de ti, Pirata
- Aquele que matou 8 homens de uma só golpada – Pirata
- Alguém que roubou das finas casas ouro e prata
- Viajou os mares à boleia da astúcia – Pirata!
- Coisas já esquecidas dos tempos dos grandes clarões
- Porcelanas, motas e alçapões
- Por isso segue-me, pelo caminho de Valhala
- E falando em alçapões é mesmo por acolá
Descendo por um grande alçapão
Desembocaram numa escura e estranha hibernação
De 9 homens estendidos no soalho da madeira
Pontapeando-os a todos, Iraja retirou-lhes a canseira
- Vejam Vejam escravos camaradas
- Aníbal veio e juntou-se ao clã – camaradas!
- Percorreremos os oceanos do poente e cataratas
- Brindaremos às deusas depois das sortes consumadas.
- Tragam-me a pequena e o que ela trazia
- Verás pelos teus olhos uma estranha que arrepia
- Olhos rasgados e pele amarela
- Tragam a chinesa e tirem-na da cela!
E a criança veio, um rosto carregado de dez anos
Singulares maneiras e trejeitos ufanos
- Mira Pirata, a pequena Princesa
- Temos caminho à frente pleno de certeza!
Chegaram os ouros, diamantes e aparelhos
E Iraja prosseguiu nos discursos evangelhos
- A pequena veio de longe, e rumemos lá de fragata!
- Conquistas para sempre teremos nós e o Pirata!
Iraja seguia em frente minguando pelo cais todo ossos e roupa andrajosa. Contornaram uma última esquina onde o mar surgia até ao horizonte espelhando o azul das estrelas. Nessa altura e já longe do centro da cidade, o som era o da rebentação nas areias negras e foi aí que um ritmo despontou no embate cadenciado das botas de Iraja contra o empedrado imundo. Tuc – Tuc. Rebentação. Tuc – Tuc. Rebentação.
E enquanto se encaminhavam em incerta direcção
O velho balbuciava coisas na alucinação
De forças esquecidas algures, decrépitas assombrações
Erguia o cálice imaginário e bebia às constelações
- Já sabíamos tudo de ti, Pirata
- Aquele que matou 8 homens de uma só golpada – Pirata
- Alguém que roubou das finas casas ouro e prata
- Viajou os mares à boleia da astúcia – Pirata!
- Coisas já esquecidas dos tempos dos grandes clarões
- Porcelanas, motas e alçapões
- Por isso segue-me, pelo caminho de Valhala
- E falando em alçapões é mesmo por acolá
Descendo por um grande alçapão
Desembocaram numa escura e estranha hibernação
De 9 homens estendidos no soalho da madeira
Pontapeando-os a todos, Iraja retirou-lhes a canseira
- Vejam Vejam escravos camaradas
- Aníbal veio e juntou-se ao clã – camaradas!
- Percorreremos os oceanos do poente e cataratas
- Brindaremos às deusas depois das sortes consumadas.
- Tragam-me a pequena e o que ela trazia
- Verás pelos teus olhos uma estranha que arrepia
- Olhos rasgados e pele amarela
- Tragam a chinesa e tirem-na da cela!
E a criança veio, um rosto carregado de dez anos
Singulares maneiras e trejeitos ufanos
- Mira Pirata, a pequena Princesa
- Temos caminho à frente pleno de certeza!
Chegaram os ouros, diamantes e aparelhos
E Iraja prosseguiu nos discursos evangelhos
- A pequena veio de longe, e rumemos lá de fragata!
- Conquistas para sempre teremos nós e o Pirata!
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